Monday, January 5, 2009

Buzz... Buzz... Buzz Marketing!

Buzz e buzz marketing podem ser facilmente confundidos, na realidade um deu origem ao outro, mudando apenas a sua intenção.

Desde há muito tempo atrás o buzz é utilizado, podemos retratar buzz como o boato, o efeito boca a boca. Desde que existe troca de ideias que existe o boato, é algo intemporal e espontâneo.

O buzz marketing diferencia-se do buzz por ser premeditado, programado e estudado. É uma acção que pretende atingir um certo fim espalhando um boato de forma deliberada. Outras características também únicas no buzz marketing são; a particularidade de criar uma ilusão de espontaneidade e a invisibilidade do seu autor.

Conseguir passar a mensagem que queremos de uma forma inovadora e por vezes intrínseca pode significar a diferença para o sucesso. Mas será que só hoje se pensa nisso?

Já há muitos anos atrás o buzz era utilizado de forma premeditada já numa óptica de buzz marketing, por exemplo, contratar pessoas para aplaudir no final de concertos de opera, espalhar histórias sobre um espectáculo de irá passar semanas depois, oferecer produtos a pessoas influentes, entre outras acções. De referir a Ford Motor Company, que em 1964 oferece o seu modelo Mustang a algumas pessoas influentes com o objectivo de projectar a imagem do veiculo.

Hoje em dia essas acções tornaram-se mais rotineiras e de certo ponto perderam algum valor. Actualmente existem muitas outras fontes de informação que influenciam a decisão do consumidor. Mas não podemos negar que ainda hoje existe uma grande influencia de lideres de opinião e figuras publicas no consumidor. O buzz marketing aproveita essa oportunidade.

Os jovens são o segmento com maior atractividade para acções de buzz marketing, sendo frequentes acções em que são utilizadas figuras públicas para divulgar certo produto apenas por usa-lo.

Se olharmos para o mundo da moda podemos facilmente ver casos de buzz marketing. O simples facto de vestir figuras publicas de forma a que apareçam com as nossas colecções, leva a uma maior possibilidade de aquisição por parte do consumidor.

Podemos ir ainda para uma situação mais banal, exemplos de buzz marketing no meio educacional; “Um exemplo de Buzz Marketing no meio educacional é um aluno muito respeitado pelo grupo dizer que tal dia não haverá aula. Com certeza metade dos alunos não irão naquele dia. Ou então, através de troca de Emails os alunos entenderem que determinada disciplina não é importante para o currículo, ou então que determinado professor é excelente.” (Fonte: www.marketing.com.br - artigo: Buzz Marketing na Educação 04/07/2007 - Luciane Chiodi Nogueira)

Claro que como todas as técnicas de comunicação, o buzz marketing tem que ser bem utilizado, para não ter uma conotação negativa que possa prejudicar a imagem da empresa, marca, produto ou serviço em questão. As acções têm de ser bem planeadas para atingirem o seu fim de uma forma eficaz e positiva.

Mas, convém salientar que embora o buzz marketing seja utilizado para acções que pretendem captar uma imagem positiva, o buzz pode ser utilizado de uma forma negativa, intencionalmente. Vejamos o caso de um consumidor utilizador de cadeados da marca americana Kyptonite, que demonstra o seu descontentamento ao descobrir que facilmente o consegue abrir sem a respectiva chave, colocando um vídeo no youtube com todo o processo de abertura.



“No espaço de três dias este artigo recebe mais de 100 comentários e o vídeo é visto 255.000 vezes. Alguns consumidores contactam o serviço consumidor da Kryptonite, mas a marca americana subestima o problema e opte por não reagir. Dia 17, o famoso New York Times publica um artigo que relata o caso. Outros jornais, rádios e canais TV também noticiam que é possível abrir um cadeado Kryptonite com uma caneta. O que era ao inicio um banal artigo de fórum Internet torna-se num caso mediático discutido entre todos. Dia 22, após 5 dias de mediatização negativa, a empresa Kryptonite finalmente reage e oferece a troca gratuita dos cadeados defeituosos aos seus consumidores.” (Fonte: www.mktg2.net - artigo: Kryptonite um exemplo de Buzz negativo)

Isto demonstra a força que um boato pode ter e no caso do buzz ou do buzz marketing pode ser físico ou digital, não existem assim barreiras à passagem da mensagem. Isto pode ser interpretado como uma vantagem ou uma desvantagem dependendo do fim que queremos atingir com a nossa acção de comunicação.

Fontes:
. Salzman, Marian; Matathia, Ira; O’Reilly, Ann – “Buzz – A Era do Marketing Viral” – A Brandweek book

Links:
. www.marketing.com.br
. www.mktg2.net
. http://lornali.com/internet-marketing/social-media-buzz-marketing-and-what-this-means-for-search-engine-marketers
. http://whoisjonray.com/2007/09/07/does-your-marketing-buzz-or-bust/

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